Reino monera
Quando ainda não se conhecia a diferença entre arqueas e bactérias, ambas eram classificadas no Reino Monera e chamadas simplesmente de bactérias. Mais tarde foram descobertas algumas diferenças entre esses microorganismos, o que levou à criação de um novo grupo. As arqueas, que eram abundantes nos ambientes que caracterizavam a Terra há cerca de 3 bilhões de anos, foram classificadas como Archaeobacteria (do grego, Acheos = antigo). As demais bactérias foram reunidas no grupo Eubacteria (do grego, Eu = verdadeiro).
Segundo Amabis, bactérias e arqueas ocupam subreinos distintos no Reino Monera. Informações recentes mostram que as arqueas são evolutivamente mais relacionadas com os organismos eucarióticos do que com as bactérias.
Descoberta
No século XVI, um negociante holandês tinha como hobby polir lentes e construir microscópios. Com o auxílio de uma de suas invenções, ele observou minúsculos seres em forma de bastão e os chamou de animálculos. Porém, o interesse por esses seres só foi despertado no final do século XIX, quando um médico alemão descobriu que esses microorganismos eram a causa de uma doença do gado. Com o passar do tempo, a comunidade científica foi aceitando o fato de que as bactérias podiam ser a causa de várias doenças humanas. Louis Pasteur tinha horror de sujeira e não gostava de apertar as mãos das pessoas por saber que ali haviam muitas bactérias. Hoje sabe-se que as bactérias também podem ser benéficas, sendo utilizadas na produção de alimentos e até medicamentos.
Arqueobactérias
As arqueas são pouco conhecidas devido às dificuldades de acesso aos seus hábitats e de coleta de material, além da grande diversidade de seus processos bioquímicos. Atualmente, são bem conhecidas as bactérias metanogênicas, que são anaeróbias e produtoras de metano; as halófitas, que são aeróbias e vivem em ambientes com alta concentração de sais; e as termoacidófilas, que suportam altas temperaturas e grande