reino franco
A palavra franco significava "livre" na língua frâncica. A liberdade não se estendia às mulheres ou à população de escravos que se instalou junto com os francos livres. Inicialmente havia duas subdivisões principais entre os francos: os francos sálios ("salgado") e os ripuários ("rio"). Por volta do século IX essa divisão havia se tornado virtualmente inexistente, mas continuou por algum tempo a ter implicações para o sistema legal sob o qual a pessoa poderia ser julgada.
Os primeiros francos[editar | editar código-fonte]
A história dos primeiros francos permanece relativamente indistinta. Nossa principal fonte, o cronista galo-romano Gregório de Tours, cuja Historia Francorum (História dos francos) cobre todo o período até 594, cita outras fontes de resto perdidas como Sulpício Alexandre e Frigérido e se aproveita do contato pessoal de Gregório com muitos francos famosos. Além da História de Gregório há outras fontes romanas, tais como Amiano e Sidónio Apolinário.
Estudiosos modernos do período das migrações sugerem que o povo franco emergiu da unificação de vários grupos menores de germânicos (Usípetes, Tencteros, Sicambros e Brúcteros) habitando o vale do Reno e as terras imediatamente ao leste, um desenvolvimento social relacionado talvez à crescente desordem e revolta vivenciada na área como resultado da guerra entre Roma e os Marcomanos, que começou em 166, e os conflitos subsequentes do final do século II e o século III. Por sua vez, Gregório declara que os francos viveram originalmente na Panônia e mais tarde se estabeleceram nas margens do Reno. Uma região no nordeste da Holanda— norte da antiga fronteira do Império Romano — tem o nome de Salândia, e pode ter recebido esse nome dos sálios.
Por volta de 250, um grupo de francos, tomando vantagem do enfraquecimento do Império Romano, penetrou até Tarragona na Espanha atual, atormentando a região por cerca de uma década até ser subjugado e expulso por forças