Região Nordeste
Características físicas e sub-regiões: Em função de suas diferentes características físicas, a região é dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas. O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão semiárido do Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação exuberante, à medida que avança para o oeste. A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical úmido, com chuvas mais frequentes no outono e inverno. O solo é fértil e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de cana-de-açúcar desde o início da colonização. O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e cheia de brejos, e o sertão semiárido. Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira. O sertão, uma extensa área de clima semiárido, chega até o litoral, nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas sofrem grande limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas, escassas e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a única fonte de água perene.
Ocupação territorial: Durante o séc. XVII, o território brasileiro sofreu uma grande expansão para o interior, graças a dois tipos de expedições desbravadoras: entradas e bandeiras. À procura de riquezas minerais e índios para escravizar, os membros dessas expedições se embrenharam no interior da colônia. Costuma-se dizer que as entradas eram organizadas pelo governo, e as bandeiras, por particulares. Essa diferenciação não é totalmente correta, mas é a que mais se aproxima da realidade. As expedições que seguiam acompanhando o curso dos rios eram chamadas de monções. As primeiras entradas