Registro e Proteção de Cultivares: Quiabo
O quiabeiro pertence à família Malvaceae, e foi classificado por Linneu em 1737, como Hibiscus esculentus. Pelas características descritas por Gurgel & Mitidieri, (1954), o quiabeiro é uma planta arbustiva, de caule ereto, semi lenhosa, anual nos países temperados e de propagação por semente. De acordo com Filgueira (2000), o quiabeiro é uma planta anual, arbustiva, de porte ereto e caule semilenhoso que pode atingir 3 m de altura. Em muitos países como Índia e Paquistão, o quiabo era conhecido como Abelmoschus esculentus (L.) Moesch, enquanto que na maioria continuava como Hibiscus esculentus. A partir de 1974, Terrel & Winters (1974) definiram como Abelmoschus esculentus e assim se mantém até hoje.
O quiabeiro é muito popular entre os povos das regiões tropicais, e uma das razões é a sua rusticidade, em relação a muitas hortaliças, e a tolerância ao calor. Embora a produtividade média no mundo seja baixa, ao redor de 3 t.ha-1, com a utilização de técnicas adequadas a produtividade pode chegar facilmente a 10 - 15 t.ha-1 (FONTES, 1973). No Brasil, o quiabeiro vem sendo cultivado principalmente no estado do Rio de Janeiro, destacadamente na região metropolitana e baixada litorânea. As cultivares Piranema e Santa Cruz 47 são as mais utilizadas nestas regiões, alcançando bons níveis de produção, apesar de apresentarem alta suscetibilidade a nematóides (MARTINELLO et al., 2001)
O quiabeiro (Abelmoschus esculentus L.) é originário de regiões tropicais e subtropicais de baixas altitudes da África, e exige altas temperaturas (FILGUEIRA, 2008). O Brasil oferece condições de clima ideais para o cultivo do quiabeiro, desenvolvendo-se bem em temperaturas entre 18 e 35 °C. Apresenta características desejáveis, tais como: ciclo rápido, custo de produção economicamente viável, resistência às pragas e alto valor alimentício e nutritivo (MOTA et al., 2000).
As sementes de quiabeiro comercializadas no Brasil ainda são obtidas em grande parte de pequenos