Regime Militar no Brasil
(1964 – 1985)
Introdução
Em meados da década de 60, o Brasil passou por um período tenebroso na sua história. Os militares tomaram o poder e em nome da democracia implantaram uma ditadura terrível, subjugaram o povo, calaram a imprensa, abusaram do poder, e assassinaram aqueles que se opuseram ou interferiram no governo durante o regime. No decorrer desta ditadura, diversos artistas oprimidos por tal governo, criaram formas “indiretas” para criticar o modo em que os militares governavam. Músicas, filmes, entre outras maneiras de expor a idéia dos artistas para a sociedade, influenciaram até nos dias de hoje na cultura brasileira.
Regime Militar – Músicas dos Oprimidos
“Um grupo que se destacou na luta contra a opressão foi o dos artistas: atores, músicos, cineastas, artistas plásticos, poetas, escritores. Cada um contribuía com o que melhor sabia fazer, questionando os fatos e informando a população, apesar de censurados pelos órgãos opressores. E, como bons artistas, os músicos populares brasileiros descreveram os horrores da ditadura nos mínimos detalhes. Descrições que perpetuam até os dias atuais, trazendo à tona toda a covardia aplicada contra nosso povo, e que não nos deixam esquecer todas as atrocidades cometidas contra nosso país.”
1. “Pra não dizer que não falei das flores” – Geraldo Vandré
Geraldo compôs “Pra não dizer que não falei das flores”, um hino contra a ditadura. Nessa canção, Geraldo enfatizava as injustiças (pelos campos há fome em grandes plantações), destacava a presença do exército nas ruas (Há soldados armados, amados ou não) e convocava as pessoas para se unirem na luta contra a ditadura (Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer). Geraldo foi preso, torturado e exilado, mas “Caminhando” (como ficou popularmente conhecida) é um clássico da música popular brasileira e, com certeza, deve incomodar até hoje. A “flor” da canção é uma referência ao movimento “Flower