regime de metas de inflação no governo lula
O regime de metas de inflação gera debates entre teorias econômicas e a forma como a politica monetária é conduzida pelos bancos centrais nesse regime. Neste trabalho, serão abordadas as divergências entre as escolas Pós Keynesiana, contraria ao regime de metas, e os Novos Clássicos, que são favoráveis. Essas duas teorias também serão a base da discussão sobre o conceito de bancos centrais independentes, o que pode apoiar o regime de metas de inflação ou refutá-lo a partir da perspectiva teórica adotada.
Será feito uma avaliação sobre o efeito da taxa de juros, principal instrumento monetário utilizado pelo banco central do Brasil para assegurar que a meta seja atingida, sobre algumas variáveis econômicas. Tendo como período delimitado o final do segundo mandato do Governo Lula, em 2010. Devido ao fato de sofrerem forte impacto da taxa de juros as variáveis escolhidas são: investimento, consumo e dívida pública federal.
O período de análise se inicia com o controle da inflação no Governo Fernando Henrique Cardoso, em 1994, cuja estabilização exerceu um papel vital para que se pudesse estabelecer essa nova ancoragem nominal da economia brasileira. É discutida a importância do cenário político-econômico interno e externo para implantação do Real, assim como suas três fases – ajuste fiscal, criação da URV e a instituição da nova moeda, o Real. Essa analise será feita primeira seção deste trabalho.
Na segunda seção é aprofundada a teoria e definição do regime de metas inflacionárias, onde é abordada a teoria dos Novos Clássicos, que é a base teórica do regime, e as criticas baseadas na teoria Pós Keynesiana, principalmente, sobre o tema de independência do banco central. Também será apresentada a estrutura do regime de metas inflacionárias no Brasil.
Na terceira seção são abordados os efeitos da taxa de juros sobre as variáveis já citadas, no período do segundo mandato do Governo Lula (2007-2010). Será feito um analise do IPCA, índice oficial de