regeneração natural
Através do processo der regeneração, as floretas apresentam capacidade de se recuperarem de distúrbios naturais ou antrópicos. Quando uma determinada área de floresta ciliar sofre um distúrbio, como um desmatamento ou um incêndio, a sucessão secundária se encarrega de promover a colonização da área aberta e conduzir a vegetação através de uma série de estádios sucessionais, caracterizados por grupos de plantas que vão se substituindo ao longo do tempo, modificando as condições ecológicas locais até chegar a uma comunidade bem estruturada e ecologicamente mais estável.
Muitos estudos já foram realizados no Brasil sobre regeneração de florestas em locais com perturbações naturais, como abertura de clareiras (MARTINS e RODRIGUES, 2002, 2005; MARTINS et al., 2004) e em áreas submetidas a perturbações antrópicas como fogo e desmatamentos para mineração, pastagens etc (GANADE, 2001, MARTINS et al., 2002; MARTINS e RIBEIRO, 2002; RODRIGUES et al., 2004, 2005; SILVA JÚNIOR et al., 2004; ARAÚJO et al., 2005, 2006). Esses estudos possibilitaram conhecer a composição florística e a estrutura das comunidades de plantas que se estabeleceram espontaneamente em áreas submetidas a diferentes tipos de perturbação e de degradação e a dinâmica da sucessão secundária nessas áreas, informações imprescindíveis na definição de estratégias de restauração florestal de áreas degradadas.
A sucessão secundária depende de uma série de fatores como a presença de vegetação remanescente, o banco de sementes do solo, a rebrota de espécie arbustivo-arbóreas, a proximidade de fontes de sementes e a intensidade e a duração do distúrbio. Assim, cada área degradada apresentará uma dinâmica sucessional específica. Em áreas onde a degradação não foi muito intensa, e o banco de sementes do solo não foi perdido e, ou, quando existem fontes de sementes próximas, a regeneração natural pode ser suficiente para a restauração florestal. Nesses casos, torna-se imprescindível