Regencia
Maria Socorro Lucena Lima, Selma Garrido Pimenta
Resumo
Este artigo discute a formação de professores e pedagogos a partir da relação teoria e prática presente nas atividades de estágio. As autoras revelam preocupação com as práticas que “imitam modelos escolares”, assim como com as práticas escolares que priorizam a “instrumentalização técnica”. No sentido de superar este extremo/dicotomia, o estágio, segundo as autoras, não é percebido como um apêndice curricular, mas um instrumento pedagógico que contribui para a superação da dicotomia teoria&prática.
Síntese – Estágio: diferentes concepções
Para se aprender qualquer profissão é necessário a prática, pois só se aprende vendo e fazendo. A profissão de professor também segue este requisito. O problema é que ao observar a prática de outros profissionais, muitas pessoas esquecem suas experiências e seus conhecimentos, e isso se refere ao professor, deixando falar mais alto somente a prática modelar que foi observada. O estágio resume-se a observar os professores em sala de aula e a imitar esses modelos sem fazer uma análise crítica desse modo utilizado, deixando prevalecer somente a prática de outro profissional.
A teoria e a prática são indissociáveis, uma depende da outra para um excelente profissional por em prática o que sabe. Muitas faculdades trabalham o profissional de educação com oficinas de como se aprende a fazer, a fazer jogos, a fazer brincadeiras e tudo isso acaba colocando uma viseira no estudante que só servirá para reproduzir o que foi ensinado sem se dar conta que existe um contexto social diferente em cada lugar que se ensina. A universidade deve ser um local de formação tanto na campo prático quanto no campo teórico tornando o aluno crítico e analítico.
Ao se compreender que teoria e prática são coisas diferentes, porém não podem ser separadas, surigiram muitos estudos sobre a concepção de estágio, como o de PIMENTA E GONÇALVES (1990). Os