Reforma Protestante

O Cristianismo, dividido em 3 grandes ramos – católicos, ortodoxos e protestantes -, é a religião que reúne, atualmente, o maior número de seguidores: cerca de 34% da população mundial. Os católicos formam o grupo mais numeroso dos cristãos (51%), seguidos pelos protestantes (35%), que se dividem em luteranos, anglicanos, calvinistas etc. Durante a passagem do mundo medieval para a Idade Moderna, o conjunto de transformações nas relações do poder é de importante destaque para a compreensão das chamadas Reformas Protestantes. Ou seja, as Reformas Protestantes podem ser interpretadas como uma expressão das contradições da passagem do feudalismo para o capitalismo. No período da Idade Média, a Igreja Católica alcançou seu auge. Representante da única forma de poder centralizado em meio aos fragmentados poderes feudais, ela exercia enorme influência na vida da sociedade européia. Enquanto a maior parte da população tinha vida simples, o clero medieval vivia na ostentação, cercado pelo luxo. Sob outro aspecto, a grande prosperidade material da Igreja veio acompanhada de uma verdadeira crise de valores e princípios. O comércio de relíquias sagradas, a venda de títulos eclesiásticos e indulgências eram algumas das negociatas praticadas pelos representantes do clero. Além disso, várias denúncias sobre a quebra do celibato e a existência de prostíbulos para clérigos questionavam a hegemonia da Igreja. A partir do século XV as críticas à Igreja Católica retornaram, ganhando muitas forças no século XVI. Os conflitos e as diferenças dentro da Igreja tornaram-se tão séria neste século, que acabaram gerando uma cisão na cristandade por meio da Reforma