Reforma ortográfica do português

Reforma ortográfica do português

Desde o primeiro dia de janeiro de 2009 entrou em vigor um conjunto de novas regras ortográficas da língua portuguesa, frutos de uma reforma empreendida anos antes. Iniciada em 1990, a reforma foi resultado de um acordo que envolveu Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé (em resumo, os países falantes do português atualmente). Tal reforma foi empreendida com o objetivo de simplificar a grafia do português, resultando em um único sistema ortográfico, e um único conjunto de regras. Efetivamente, a reforma iniciada na década de 1990 não altera muito do léxico escrito: apenas 2%, segundo estimativas. Dentre as mudanças que mais chamam a atenção está a eliminação do trema (os dois pontos acima de um grafema, como em ‘freqüente’). São também alteradas as regras de aplicação do hífen e eliminadas definitivamente as consoantes não pronunciadas, como em projecto, típicos da escrita portuguesa. Embora tenha sido iniciada há mais de uma década, a reforma demora a ser implementada, pois precisa ser ratificada em cada um dos países envolvidos. Em Portugal, país em que haverá maior número de mudanças na ortografia, o acordo foi ratificado apenas em 2008. No mesmo ano deu-se a oficialização da reforma no Brasil, determinando que o prazo de implementação da nova ortografia seria dezembro de 2012. Com respeito às mudanças mais perceptíveis, estão a inclusão de novos grafemas, mudanças nas regras de acentuação e mudanças na regra do uso do hífen. Quanto à primeira, passam a ser incluídos os grafemas K, W e Y oficialmente no alfabeto português, o que antes não era realidade. Com isso, contemplam-se definitivamente os nomes estrangeiros (como Kate, William e outros), além de símbolos de unidades e medidas internacionais, como o quilograma (kg), quilômetro (km), watt (w) e outros. A acentuação é modificada em nada menos que 13 pontos, alguns dos quais destacados abaixo:
Trema (ü): indicam