Reforma Ortográfica de 1911

Reforma Ortográfica de 1911

A Reforma Ortográfica de 1911 foi a primeira iniciativa de padronização e simplificação da escrita da língua portuguesa. Essa reforma modificou o aspecto da língua escrita e espirou todos os acordos e reformas que surgiram depois.
Até o inicio do século XX, tanto em Portugal como no Brasil, seguia-se uma ortografia que, por regra, se baseava nos étimos latino ou grego para escrever cada palavra, por exemplo, phosphoro (fósforo), lyrio (lírio), etc.
Nesse período, o modo de escrever estava muito próximo da pronuncia das palavras (fonética). Praticamente não havia nenhuma padronização da escrita. Cada pessoa escrevia conforme achava melhor, seguindo o som da palavra. Por essa razão, ler os documentos da época é uma complicada tarefa para os estudiosos.
Foram apresentadas várias propostas de simplificação da escrita ao longo dos anos. Entre essas encontram-se as Bases da Ortografia Portuguesa, de 1885, da autoria de Aniceto dos Reis Gonçalves Viana e Guilherme de Vasconcelos Abreu.
Com a implementação da República em Portugal, em 05 de outubro de 1910, o novo governo, nomeou uma comissão, constituída por nomes como, Cândido de Figueiredo, Adolfo Coelho, entre outros, que buscavam estabelecer uma ortografia simplificada para usar nas publicações oficiais e no ensino.
As bases da Reforma Ortográfica, foram inspiradas nas propostas de 1885 e oficializadas por portaria de 01 de setembro de 1911, com transição de três anos.
No Brasil, já existia alguns adeptos da simplificação ortográfica, contudo o Brasil, não se envolveu nas mudanças. Dessa forma, ficou Portugal com uma ortografia reformada e o Brasil com um ortografia pseudo-etimológica.
Em 1924 a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começaram a procurar uma ortografia comum, firmando-se um acordo preliminar em 1931 que adotava a Ortografia Portuguesa de 1911, no Brasil. Iniciava-se assim, um longo processo de convergência das ortografias dos dois