Reforma da polícia - missão (quase) impossível
Estou trabalhando o tema, em contraponto ao texto de Augusto F. G. Thompson estudado no curso de progressão funcional do DPF. Pretendo publicar, em breve, o artigo ora em produção.
Abaixo, apenas "colei" um fragmento do texto-base de Roberto Chacon de Albuquerque:
Precisamente, em 1896, um promotor sustenta: “A classe que quase exclusivamente contribui para o movimento do foro criminal é a dos libertos, impelidos, quase sempre, pela ação do álcool, a cujo vício se entregam completamente”.19 outro sustenta: “Foi ainda da classe dos libertos que saiu o maior número de delinqüentes, e pode-se avaliar o grau de perversidade desses indivíduos pela futilidade dos motivos que os impeliram ao crime: questões de taverna em geral”.196 Para completar, ele lamenta: “E um fato doloroso é que a maior parte desses celerados escapa, pela fuga, à justa vendeta social”.197 em Piraí, interior do Rio de Janeiro, vincula-se a violência à ignorância:
“Outro tanto não direi da ignorância, tão influente nos atentados às pessoas; dos quatro denunciados por lesões corporais, vindos a juízo, três eram analfabetos”.198 Supostas feitiçarias muitas vezes serviam de argumento para a prática de crimes: “Foi, no Rio
Claro, cometido um assassinato pelo preto Benigno, a isso levado, diziam as testemunhas, pela desconfiança de ter a vítima dado a morte a um filho por meio de filtros invisíveis, de feitiçarias”.199
Geralmente, os crimes eram “praticados por indivíduos que, com a inteligência completamente mergulhada nas trevas da ignorância, sem instrução, portanto, e sem educação, trabalham durante a semana para, nos dias consagrados ao repouso, gastar o produto do rude labor quotidiano nas vendas que formigam nas estradas”.200 nas tavernas, “entregam-se eles às libações do álcool que opera neles como reativo, fazendo explodir os seus maus instintos. Entram então a provocar desordens, cuja