Reflexões sobre o pintar e o fotografar
"A hipótese de que a fotografia reproduz a realidade como ela é e a pintura a reproduz como se a vê é insustentável." (ARGAN, 1992, p. 79)
Um movimento artístico tendencioso que provocou mudanças intensas na pintura, pinturas sem contornos, sombras coloridas, contrates de luz e sombra, cores puras, com estas características o impressionismo promoveu e provocou admiradores deste movimento artístico.
Com isso percebemos que os artistas deste período desejavam retratar o deslumbramento do momento, tão extraordinário que só isso já era suficiente, para isso esses pintores abriam mão do uso das técnicas habituais acadêmicas.
Então a partir de 1839 com a invenção da fotografia, passou também às mãos do fotógrafo o privilégio de registrar o momento real das cenas, o momento no qual a luz incide exatamente sobre a cena a ser registrada, evidenciando as cores, os contrates de luz e sombra com isso a fotografia estendeu-se a outros tipos de registros expondo os desenhos, vistas das cidades, retratos, etc.
Portanto acredito que ambas tanto a fotografia quanto a pintura sofrem interferências cabais do olhar de que as produz, o pintor vai escolher e pintar a cena exatamente com o vê ou conforme seus ideais privilegiando certos contornos ou tonalidade, o mesmo ocorre com no processo fotográfico onde o registro será feito sobre as influências sofridas pelo fotografo ao longo de seu período criativo, assim com o advento da fotografia as pinturas impressionistas sofreram fortes influências sobre as novas concepções artísticas deste período.
Referências:
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 75 a 81
http://www.bepeli.com.br/impressionismo.html