REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO Emília Ferreiro
Partindo disso, a autora mostra como funciona esta natureza do objeto de conhecimento dentro da tripla relação, a saber: o sistema de representação alfabética da linguagem com suas características específicas; a concepção de quem aprende; a concepção de quem ensina sobre o objeto de conhecimento.
A criança guarda em si um desejo intrínseco pela aquisição de conhecimento da escrita que antecede até mesmo ao seu ingresso na escola, e propõe-se a resolvê-los segundo a sua própria metodologia. A esse processo dá-se o nome de psicogênese.
Entende-se a escrita como uma representação da linguagem ou uma transcrição gráfica de sons, mas a autora sustenta que a escrita não se trata de um mero sistema de codificação, mas sim da construção de um sistema de representação, e que para poderem ser utilizados pelas crianças, estas devem entender o processo de construção e as suas regras de produção.
Para tanto é necessário que se estabeleça uma relação de construção entre o sujeito e o objeto de conhecimento e isso se dá através das sucessivas aproximações com o objeto.
Conclusão
O obra não tem como objetivo propor uma reforma aos métodos de ensino já usados e nem a utilização de novos materiais didáticos, mas re-análisar as práticas de introdução à língua escrita e também considerar outras concepções de aprendizagem.