Reflexões em serviço social
Abordagens teóricas sobre o Estado em sua relação com a sociedade e com a Política Social
Ao longo do tempo, o Estado, ao que parece, procurou não se envolver de forma direta com as políticas sociais, mas de forma velada sempre esteve no comando para que essas políticas se concretizassem, pois não há como garantir a realização dessas ações sem a presença efetiva do Estado.
Mesmo nos regimes mais liberais, o Estado está presente, as indústrias e os comércios são contempladas com tarifas protetoras, com exportações subsidiadas, e com subsídios indiretos dos salários, porque não funcionariam se seguissem seu próprio curso.
Com a súbita, vasta e aparentemente ilimitada expansão d economia capitalista mundial, surgiu também a organização estatal nas sociedades industriais modernas, para evitar o controle que o Estado poderia exercer neste setor, porque não agia com suficiente pressão contra a imoralidade, e por isso os funcionários se organizaram em corporações que se opuseram à moral do progresso fundado no individualismo, e à supremacia estatal.
Quanto mais desenvolvida e industrializada se torna a sociedade mais ela reivindica o domínio racional-legal do Estado moderno, evidenciando que a razão estatal é histórica, apesar de se tornar cada vez mais burocratizada, evitando que a sociedade seja manipulada por interesses pessoais.
Diante disso, vemos que a idéia da política social, associada a um Estado ativo, não promove nem emancipa os indivíduos que se encontram em situação socialmente desigual, pelo contrário, mantém a desigualdade e perpetua a dominação do Estado como instrumento manejável pelos grupos no poder.
Apesar da classe burguesa reconhecer as desigualdades sociais como resultados de contradições da estrutura do sistema capitalista, não foi fácil inserir os pobres no processo produtivo, visto que era uma reivindicação das massas, pois via-se ameaçado o