Reflexão sobre ética
Não há unanimidade entre os autores sobre um conceito explícito e completo da ética, embora as definições sejam semelhantes. Antônio de Moraes, a apresenta como parte da filosofia que se ocupa em conhecer o homem, com respeito à moral e costumes que trata da natureza como ente livre, espiritual; da parte que o temperamento e as paixões podem ter na sua índole, e costumes, os antigos compreendiam nela a parte que trata dos ofícios ou deves (Antônio de Moraes, Silva, Diccionário da Língua Português, Lisboa, 6ª ed., 1ºv., 1858). Já Lacerda a define como ciência dos costumes, parte da filosofia moral que trata dos deveres sociais do homem, dos ofícios ou obrigações mútuas (Diccionairo Enciclopédico seguido de Diccionário de Synonymos com reflexões e críticas, por D. José Maria D’Almeida e Araújo Corrêa de Lacerda, 3ªed., 1ºv., Lisboa, 1868)
A ética não pode ser considerada apenas um juízo de valoração, mas impõe uma diretriz a ser adotada dentro de determinada coletividade; assim como, não pode ser fracionada, disciplinando o comportamento do homem, quer exterior e social, quer íntimo e subjetivo.
A ética é uma disciplina normativa, não por criar normas, mas por descobri-las e elucidá-las, formulando os princípios básicos a que deve subordinar-se a conduta do homem, onde quer que se encontre.
Quando se trata de discutir a ética profissional, ou seja, de enfocar a questão ética sob o viés do instrumental aplicativo no âmbito profissional, está-se diante não de um floreio do espírito acadêmico, ou mesmo de um interesse aprofundado do leitor cuidadoso e detalhista, ou de um