Reflexão sobre o filme mentes perigosas
Podemos refletir acerca do filme, sobre os desafios que o professor da EJA se depara, e deve estar preparado para tal, saber articular os enfrentamentos que essa modalidade possui, pois os alunos da EJA, já possuem uma experiência de vida, uma visão de mundo. A EJA é bem diversificada, heterogênea (alunos trabalhadores, adolescentes grávidas, idosos, encarcerados, pessoas envolvidas com drogas, alunos que tiveram seus estudos interrompidos para trabalhar, etc..). A professora do filme partiu daquilo que era real, do cotidiano dos alunos, usando uma linguagem que fazia parte e tinha sentido para vida deles (articulou o que estava prescrito (ensinar verbo) através da palavra “morrer” que fazia parte da vida cotidiana deles que viviam num contexto social muito violento.) O discurso do filme, nos leva a refletir que o modelo de escola tradicional, conservadora onde o professor “prega” como um sacerdote e os alunos aceitam as “verdades acabadas”, não funcionam (tal como queria o diretor ao advertir a professora).Ensinar jovens e adultos, é conhecer, reconhecer e compreender as especificidades sócio- culturais que compõe essa modalidade.È reconhecer que esses alunos não são tabulas rasas a serem preenchidas.Trabalhar com a EJA é valorizar o cotidiano, a história de vida que esses alunos trazem, e isso irá motivá-los, pois irão se identificar com aquilo que estão aprendendo(foi o que a professora do filme fez ao trabalhar com poemas sobre drogas- num contexto onde havia uso de drogas).Portanto, o filme nos faz repensar sobre o currículo, saber articular o que está prescrito nos documentos oficiais se alimentando com o cotidiano dos alunos, dessa forma o ensino se torna mais dinâmico e os alunos compreendem a relação que o ensino têm com a vida.Assim o professor auxiliará nesse processo de reparação dos que tiveram seus estudos interrompidos por motivo ou outro, compreendendo esses sujeitos, suas especificidades, promovendo subsídios que não