Reflexão sobre a vida das marionetes

Reflexão sobre a vida das Marionetes
Peter estava sempre insatisfeito, ou seja, não conseguia encontrar satisfação na própria vida. Peter procurou um psiquiatra, mas este não conseguiu cumprir o seu papel. O psiquiatra não percebeu a iminência da passagem ao ato, pois atribuiu próprio sentido as palavras de Peter, enquanto o sentido deveria ser atribuído pelo próprio Peter.
Além disso, o psiquiatra errou duplamente ao chamar a mulher de Peter para conversar. Primeiro que ele não deveria chama-la sem Peter saber, e segundo que uma vez que ele a chamou deveria dizer a verdade para ela, e não ficar amenizando como fez.
O seu casamento era um jogo de amor e ódio, e era marcado pela infidelidade. Sua mulher o dominava, e exigia sempre mais dele. Ela sempre estava sorrindo demonstrando estar satisfeita o que causava um mal-estar, pois Peter sentia-se incomodado por ela sentir-se satisfeita e ele não.
Peter falha durante a relação e a sua mulher ri dele e afirma que ele não consegue satisfazê-la. .
Peter se vê como objeto e não como sujeito. Ele estava sempre procurando por uma saída, uma saída para a situação que encontrava (representada simbolicamente no filme por portas e janelas trancadas). Peter estava procurando um lugar de sujeito.
Peter tinha um impulso de matar. E esse impulso não passaria matando alguém. O impulso só passaria quando ele cometesse suicídio. O suicídio é uma forma de tentar resolver um problema, e a única saída encontrada por que o comete.
O pai de Peter foi ausente, e a sua mãe era controladora. Peter via a sua mulher como a sua cuidadora. Peter possivelmente fez um link entre a sua mãe e a sua mulher, e entre a sua mulher e a prostituta, distanciando-se da afetividade a cada transferência.
Peter não consegue falar sobre o seu problema, logo ele não simboliza e acaba se fechando no real. Peter não vê saída e acaba matando a prostituta, e depois faz sexo anal com ela. Com ela morta ela não poderia zombar dele como fez a sua mulher. E