Reflexão sobre a experiência pessoal de formaçao sociológica de professores
REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA PESSOAL DE FORMAÇAO SOCIOLÓGICA DE PROFESSORES Telmo Caria
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Esta comunicação tem por objectivo fazer uma reflexão sobre a evolução do meu trabalho quanto aos processos de formação de professores, especificamente na disciplina de Sociologia da Educação, no quadro da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Ela está limitada por um conjunto de condições da prática, porventura limitadoras do alcance da reflexão, a saber: a) experiência de três anos em cursos de licenciatura de ensino das Línguas, dentro de um modelo de formação teoricista e disciplinar, pois, apesar de formalmente se tratar de um modelo integrado de formação, na prática o currículo não é gerido nessa perspectiva; b) experiência de cinco anos na formação em serviço, dentro de um modelo também teoricista e disciplinar. A evolução do meu trabalho é aqui apresentada em três fases, sendo as duas primeiras mais ligadas à formação em serviço e a terceira, na qual me encontro hoje, mais ligada a formação inicial. Não incluímos aqui referências a conteúdos e objectivos∗ (embora estes últimos estejam implícitos em muitos momentos) porque a evolução do meu trabalho tem estado centrada no questionamento dos contextos de formação e não tanto nos conteúdos. Para uma clara elucidação sobre estas duas lacunas sugerimos a leitura dos programas que foram entregues. 1ª fase da evolução: 1º problema A formação que recebi situa-se no quadro de um curso de Sociologia, que tinha como finalidade preparar investigadores, logo, levar os ensinandos, progressivamente ao longo do curso, a ganharem uma cada vez maior capacidade de reflexão e problematização teórica sobre o social, de modo a virem a estar aptos a construírem no final do curso uma investigação especifica, onde deveriam ser capazes de: desenvolver uma problemática,