Reflexão sobre sistemas erp
Reflexão sobre sistemas de informação no mundo empresarial. Paulo Câmara
“Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo” (Meditações),
Com esta frase, John Donne (Poeta Inglês) foi imortalizado por mostrar o óbvio, aquilo que, muitas vezes, nossos olhos fazem questão de ignorar: somos todos conectados de alguma forma. Diante dessa percepção autoevidente, somos desafiados a criar uma relação ou um hiperlink entre as diversas ilhas, formando então um arquipélago de pensadores que trabalham em conjunto. Desafio este que acabamos por esquecer com o advento de tecnologias e fórmulas maravilhosas enlatadas do último verão.
O mundo empresarial, às vezes, parece dar a impressão de ser onipotente “por si", esquecendo ou ignorando que os agentes desse poder nada mais são do que pessoas comuns com alto grau de instrução ou de ambição. Fato é que para entendermos um Sistema precisamos nos reconstruir como pensadores, precisamos voltar à Sócrates e decretar que nada sabemos, que nossa sabedoria é limitada (circunscrita) a nossa própria ignorância. Talvez assim, seja possível conceber a criação de links necessários para evoluirmos como um conjunto: Precisamos estar cercados de pessoas, de idéias, de organização para que possamos caminhar juntos.
Esta é a ideologia que podemos conceber por um sistema, uma organização criada a partir do reconhecimento da nossa dependência de sermos organizados, de precisarmos de pessoas. Diante dessa convenção podemos caminhar para elaborar atalhos ou caminhos que necessitam ser percorridos para que se atinja a perfeição da comunicação humana no nível empresarial. Essa convenção parte da premissa que nada sabemos em “si”, que é necessário um conjunto de atores para que o conhecimento e a evolução continuem seu ciclo, sem deixar à margem o entendimento de que todo ser humano é falho. E falhas, quando