Reflex O Paciente Psiqui
Reflexões: O paciente psiquiátrico
“A sua educação não foi uma verdadeira educação, foi antes obstáculo ao seu amadurecimento.” BERG, J. Van Den, O paciente psiquiátrico, Editora Psy, 2003, p. 27. Qual o papel da educação nas nossas vidas? Talvez para responder a essa pergunta devamos nos perguntar, primeiramente: o que é ser um educador e ser educando? Creio não ser uma tarefa fácil responder com precisão a essas perguntas, mas certamente é possível traçar um esboço. A discussão sobre a educação, no âmbito popular, gira em torno de dois pólos: a família e as instituições escolares. À ambas se é atribuída a função de instrução das formas básicas de convivência social, como os “bons modos”, respeito ao outro, e todos os valores sociais que se almejam atualmente. Às escolas, por consequência das extensas jornadas de trabalho, soma-se um peso ainda maior, sendo essas as verdadeiras responsáveis pela “criação” do sujeito. Dentro dessas duas instâncias teremos os “educadores” reservado a um número seleto de entidades, sendo elas na maior parte das vezes os pais e os professores. Essa visão binária da educação e do seu papel na constituição de um sujeito é limitada e problemática, na medida em que se fecha os olhos para os diferentes ambientes de educação, e seus atuantes. Todos em algum momento já passamos por algum momento em que educamos, seja por meio da fala, ou por meio de atitudes, que foram apreendidas, internalizadas e consumadas por um segundo. Em última análise todos somos educadores e educandos, em diferentes proporções, escalas, e momentos. É o intercâmbio simbólico entre diferentes sujeitos que constituirá a educação de um indivíduo. Tendo em mente essa noção de educação paremos de tercerizar as pautas, as colocando como pura função da escola e dos pais, pensemos o nosso lugar em meio a isso e conscientizemo-nos perante as nossas ações e atitudes.
Questão: Os objetos são reais, ou nós os tornamos reais?