Refletindo A surdez como diferença política e experiência visual
- Quais caminhos e possibilidades podem ser seguidos quando se descobre a surdez?
- Que implicações tem, tanto para o sujeito surdo, quanto para a família e à escola? Considerando a importância da Disciplina de “Libras” enquanto matéria regular e inclusiva no meio acadêmico contemporâneo de formação docente da licenciatura em Sociologia, tendo nesta, como suporte acadêmico discente-docente material didático textual introdutório ao estudo e conhecimento de informações, aspectos e orientações básicas acerca da Língua Brasileira dos Sinais, assim como, a partir da reprodução de áudios-visuais norteadores à apreensão empírica acerca da realidade do indivíduo surdo junto à sociedade contemporânea, que de forma “invisível” e “silenciosa” durante séculos, luta pelo reconhecimento à inclusão e o suplantar de ideia de exclusão como aquelas de Aristóteles na Antiguidade:
“[...] de todas as sensações, é a audição que contribui mais para a inteligência e o conhecimento…, portanto, os nascidos surdos se tornam insensatos e naturalmente incapazes de razão’. Ele achava absurda a intenção de ensinar o surdo a falar”. Veloso e Maia Filho (2009, p.21)
No entanto, paulatinamente, desde a fundação do INES (1857) no Brasil em novas realidades apresentam-se como resposta à adequação de políticas e concepções de ensino-aprendizagem da comunidade surda, ainda que a memória histórica não negue à desfaçatez das resoluções aprovadas no II Congresso de Milão (1880), que posteriormente seriam refutadas, junto ao método de oralismo (oral puro) em defesa da LIBRAS em pelo professor A.J. de Moura e Silva (1896), e de êxito em sua época logrou a promoção do exemplar aluno surdo Flausino José da Gama à condição de repetidor (professor) de LIBRAS aos demais colegas. Assim, ações propositadas de políticas públicas voltadas ao reconhecimento e dignidade da Cultura Surda, e de metodologias democraticamente voltadas