Refexão sobre a dimensão não verbal no ensino da música
Falamos em várias componentes não-verbais durante as nossas aulas. Penso que será uma boa forma pegar nestas mesmas e explica-las no ensino da música. Existe um ponto fulcral no ensino especializado da música em oposição ao ensino genérico. No ensino genérico o professor tem de saber lidar com uma turma, um grupo maior de alunos. No ensino especializado da música, ou seja aulas de instrumento específico o professor, salvo excepções, encontra-se apenas com um aluno na sala de aula. Existe desde logo uma aproximação mais íntima entre professor-aluno do que numa sala de aula com 20 ou mais alunos. Uma boa relação de professor de instrumento e aluno é fundamental para um bom funcionamento das aulas. Posso falar por experiência própria como aluna que as aulas com um professor com quem menos simpatizamos e até menos respeitamos são muito menos produtivas. Tendo aulas com o mesmo professor durante vários anos faz com que ambos criem um laço de amizade involuntário. Isto é, claro, se mantiverem uma boa relação de professor-aluno, se existir confiança no trabalho de ambos e sobretudo respeito. J.F. Cruz fala no seu artigo sobre a Relação Interpessoal na Sala de Aula, sobre Ouvir e Responder. Obviamente que deveria ser muito mais fácil para um professor demonstrar atenção e interesse por um aluno só, do que por um aluno só entre vinte. Compreender e Agir. É a obrigação de um professor de música adequar os seus métodos a cada aluno. Pois, em geral todos os alunos são diferentes e reagem de forma diferente aos obstáculos propostos pelo professor. O professor precisa de ser