Referencial Teórico Utilizado por Foucault
Mudanças sociais ocorridas a partir do século 17 e intensificadas no século 18 e 19 alteraram o jogo do poder, que foi gradativamente sendo substituído pelas sociedades disciplinares, esta atingiu seu auge no século 20. Ocorreu quando a economia do poder percebeu ser mais eficaz e rentável “vigiar” do que “punir.”
O autor francês percebeu que esse mecanismo de vigilância pode ser usado não somente nos sistema carcerário, mas também em diversas instituições como as escolas, trabalho, hospitais, na Igreja e dentro da própria sociedade, a sociedade da disciplina e do controle. O sistema de poder atuante na sociedade acaba tornando os corpos “dóceis”, ou seja, domesticados para que a ordem social seja mantida dentro das instituições.
“Um exemplo de panóptico no dia a dia é a figura de Deus. A visão cristã prega que Ele é uma entidade onisciente e onipresente, isto é, Deus, assim como os vigilantes do sistema carcerário proposto por Bentham, vigia os homens o tempo todo, sem que eles o vejam, mas acreditam piamente em sua presença.”
Em Vigiar e Punir, Foucault trata com muita propriedade do tema da “Sociedade Disciplinar”, implantada a partir dos séculos XVII e XVIII, consistindo basicamente num sistema de controle social através da junção de diversas técnicas de classificação, de seleção, de vigilância, de controle, que se ramificam pelas sociedades a partir de uma cadeia hierárquica vindo do poder central e se