Referencial Teórico de Clínica Comportamental
O presente texto é uma elaboração sobre o suporte teórico da Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) baseando-se nos conceitos da terapia comportamental, utilizando os textos de Borges e Cassas (2012), capítulos 13 e 15.
Segundo Kohlenberg (1987) pode-se dizer que a análise funcional é o centro da terapia comportamental, no qual o objetivo é identificar o comportamento-alvo da intervenção, que é inadequado, e os elementos do ambiente que proporcionam e mantém esse comportamento, tendo sua base na investigação de como o reforçamento, os comportamentos clinicamente relevantes e a generalização podem ser observados e “tratados” no consultório.
Para tanto, Kolhlenberg (1987) explica o reforçamento enquanto consequências ou contingências que aumentam ou diminuem a frequência de um comportamento. Segundo o autor, o reforçamento não é um processo consciente, já que muitos dos nossos comportamentos foram aprendidos nos nossos primeiros anos de vida. Um ponto importante que o autor ressalta é que quanto mais perto estiver das consequências (tempo e lugar corretos) que reforçam este comportamento, maiores serão os efeitos que serão significativos, principalmentese ocorrem no consultório, onde o terapeuta poderá intervir neste comportamento-problema, o que nem sempre garante um resultado eficaz.
Para Borges e Cassas (2012), a sala de espera deve ser um local tranquilo e aconchegante, na qual o cliente deve ser bem recebido. O terapeuta deve ter postura, cuidado com as vestes e apresentar o processo do atendimento, informando horário, valor e sigilo, para que o cliente possa sentir-se á vontade e para que aja um vínculo entre o cliente-terapeuta, com um bom processo de terapia.
Kolhlenberg (1987) explicita a especificação de comportamento clinicamente relevante (CRB) enquanto os comportamentos-problema e os comportamentos finais desejados. Portanto, torna-se necessário para o terapeuta observar tais