Referencial teórico ambiental
Analisando o desenvolvimento das sociedades humanas, certamente jamais se observou tamanha geração de resíduos (MOREIRA, 2000). Reforçando tal panorama, Bruce (1997) expõe que os modos de vida atuais do homem implicam a manutenção dos padrões de produção e consumo vigentes e, consequentemente, o aumento quantitativo e qualitativo da geração de resíduos.
Tamanha é a importância da temática, que a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento-Rio 92 destinou aos resíduos sólidos um capítulo da Agenda 21. Trata-se do vigésimo primeiro capítulo, no qual estão estabelecidas as diretrizes para o gerenciamento dos resíduos sólidos, de modo a não comprometer a preservação ambiental, ou seja, de forma sustentável (ONU, 1992).
Entretanto, contrariamente à importância da temática, os resíduos sólidos têm recebido atenção bastante insuficiente no Brasil. De acordo com Tenório e Espinosa (2004), apenas 36 por cento dos resíduos são destinados adequadamente, ou seja, a aterros sanitários, persistindo ainda 21,5 por cento que são direcionados a vazadouros a céu aberto- os lixões.
Quanto à destinação se dá para os lixões, diversos problemas ambientais são associados. Dentre outros, destacam-se:
Poluição do ar, solos águas superficiais e subterrâneos’
Odores desagradáveis;
Proliferação de vetores de doenças;
Riscos à saúde e questões sociais, como o caso da presença de pessoas “garimpando” o lixo.
Fica clara, portanto, a necessidade de destinar os resíduos a locais adequados, ou seja, aos aterros sanitários. Nos aterros, os resíduos não são apenas despejados no ambiente. Há uma série de medidas adotadas, a fim de evitar os impactos ambientais, as quais são desde a preparação do local, com impermeabilização do solo, construção de células de aterramento e de drenos para o tratamento de chorume e gases, até a manutenção do funcionamento, com o aterramento diário dos resíduos e monitoramento ambiental da área. Tal forma de