Reestruturação do setor bancário
As crises bancárias se mostram recorrentes e praticamente inevitáveis ao longo da história. Uma crise bancária geralmente surge como um problema de liquidez, representado pela incapacidade dos bancos atenderem o fluxo de depósito dos seus clientes. Geralmente, segundo Corazza¹, “elas são mais frequentes no auge dos ciclos econômicos, pois existe uma estreita vinculação entre períodos de expansão, pré-disposição dos banqueiros a emprestar e assumir riscos, a efetiva expansão do crédito e as crises bancárias”.
Seguindo esse conceito, o país teve um auge econômico durante a estruturação do Plano Real, o que provocou uma a fragilidade microeconômica dos três grandes bancos da época, o Econômico, o Nacional e o Bemerindus gerando uma crise bancária generalizada.
O principal impacto do Plano Real sobre os bancos se deu através da perda da receita inflacionária, que de acordo com a Lei n o 7.799/89, art. 21, § 1., trata-se de “o saldo credor da conta de correção monetária diminuído da diferença positiva entre a soma das despesas financeiras com as variações monetárias passivas, e a soma das receitas financeiras com as variações monetárias ativas, computadas no lucro líquido;”. Conforme se observa na Tabela 1. Estas receitas, que no período de 1990-93 chegavam a 4%, foram reduzidas a 0,1%, em 1995. Essa perda era um indicador de que o sistema financeiro teria de passar por profundas modificações.
A situação sugeria um o número excessivo de instituições e de agências, além de altos custos, principalmente com pessoal. Dessa maneira, o sistema bancário devia ser reconfigurado reorientado para novas formas de operação de suas atividades.
Reestruração Produtiva no setor Bancário: Realidade dos anos 90
O setor bancário vem sofrendo muitas transformações nessas últimas décadas, não apenas pela introdução da informatização mas também pelas mudanças organizacionais do setor.
O setor vem aumentando sua importância mundial já que são negociados montantes de