Reestruturação da industria e sistema bancario
O objetivo deste artigo é discutir os impactosdo processo de reestruturação da indústria metal mecânica e química e do setor bancário na regiãode Campinas sobre os trabalhadores destes setores e sobre a atuação e o poder de barganha dos sindicatos que os representam, enfocando principalmente,de uma perspectiva comparativa, os processos de negociação coletiva ocorridos no decorrer da década de 90.
O setor metal-mecânico foi pioneiro, no Brasil,na introdução de novas tecnologias e das novas práticas de gestão identificadas com o “modelo japonês”. O processo de mudanças iniciou-se no final dos anos 70 com a adoção dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ), em resposta a uma situação econômica recessiva e à crescente mobilização dos trabalhadores neste setor.
Nos anos 80, portanto, a reestruturação realizou-se como um processo defensivo. A racionalização das empresas deu-se via inovações organizacionais e investimentos. Nos anos 90, sob o incentivo da abertura de mercado, da pressão pela modernização das empresas e das políticas neoliberais inauguradas pelo governo Collor de Mello e adotadas como orientação predominante.
O aprofundamento do processo de terceirização das atividades produtivas foi o resultado da reestruturação das grandes empresas, na região de Campinas, assim como em outros lugares, este processo de reestruturação deu-se,no entanto, de forma contraditória e heterogênea,tanto no interior das grandes empresas quanto ao longo das cadeias produtivas.
O progresso