Reescrita - Machado de Assis (Missa do galo)
Nogueira, um estudante de 17 anos que veio da cidade de Mangaratiba para estudar preparatórios e morar conosco aqui no Rio de Janeiro. Minha filha a Conceição tinha 30 anos e seu esposo o Escrivão Meneses já havia casado com uma de suas primas em suas primeiras núpcias, tínhamos duas escravas.
Vivíamos em uma casa assombrada e naquela rua escura, Nogueira era um rapaz acadêmico sempre com seus livros, poucos passeios e poucos contatos. Usávamos os velhos costumes de Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia.
Agradável , era minha menina , minha filha Conceição! Tinha o titulo de "a santa", e fazia jus , tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Aquela noite era muito especial, comemorava-se o nascimento de Jesus, era noite de Natal, foi o escrivão ao teatro na verdade um eufemismo para se encontrar com a outra e o deixou todos em casa, era pelos anos de 1861 ou 1862. Nogueira já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas ficou até o Natal para ver "a missa do galo na Corte". Todos nós recolhemos à hora do costume; porém o Nogueira ficou na sala da frente ansioso, vestido e pronto para a missa do galo.
- Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? Perguntei.
Ele respondeu: - Leio, D. Inácia.
Então fui para o meu conforto, enquanto Nogueira lia seu livro esperando o horário para acordar nosso vizinho que também o acompanharia até a missa, de súbito um pequeno rumor que ouvi uns passos no corredor que ia dos quartos para a sala. Eu como tinha sono muitíssimo leve despertei ,meu quarto ficava próximo ao corredor, achei estranho, o que alguém poderia está fazendo acordado há essa hora já que quando fui me repousar o Nogueira já estava arrumado e não motivos para retornar ao quarto, levantei devagarinho e fui até a porta do corredor.
Próximo a porta ouvi cochichos, me escondi atrás da porta do corredor era a Conceição e o Nogueira , pela conversa ela