Reescrever o texto de Pondé. Da falsidade
Reescrever o texto de Luiz Felipe Pondé
Da falsidade
O novo tipo de violência, a “violência do bem”.
Sempre fomos violentos, mas agora temos uma nova desculpa para justificar, somos realmente o país da maquiagem. Nos últimos dias, ativistas moralistas, encheram a mídia. Com olhares violentos e certos de que representam o bem do povo. Será mesmo? E de se desconfiar de quem se auto-denomina líder ou representante do povo. A fuga do mundo, um temo filosófico bastante discutido, por tratar exatamente da “visão da natureza humana pautada pela suspeita da falsidade das virtudes”. Quer dizer, toda tentativa de demonstrar virtude, vem carregada de uma mentira. A tentativa de demonstrar a virtude e na verdade vaidade. Será que estes ativistas não passam de vaidosos violentos em busca de atenção? Salomão no livro de Eclesiastes já dizia o que mais tarde os jansenistas concluíram, “tudo é vaidade”. Sempre haverá decepção por trás daquele que trás consigo a convicção de verdade, moralismo e justo. Cuidado com pessoas que se julgam retas, cuidado com heróis, pois não passam de homens vaidosos.
Texto original: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2013/10/1363201-da-falsidade.shtml
Da falsidade Dias sombrios. Nesses momentos, volto às minhas origens filosóficas, o jansenismo francês do século 17 e seu produto essencial, "les moralistes" (que em filosofia nada tem a ver com "moralista" no senso comum). Os moralistas franceses eram grandes especialistas do comportamento, da alma e da natureza humana. Nietzsche, Camus, Bernanos e Cioran eram leitores desses gênios da psicologia. Pascal, La Rochefoucauld e La Bruyère foram os maiores moralistas.
O Brasil, que sempre foi violento, agora tem uma nova forma de violência, aquela "do bem". E, aparentemente, quase todo mundo supostamente "inteligente" assume que é chegada a hora de quebrar tudo.