COMO IMPLANTAR UM PROCESSO DE REENGENHARIA 1. Introdução O trabalho a seguir visa explicitar uma metodologia para a implantação de um processo de reeengenharia e, logo após, descrever como ocorreu um processo de reengenharia em uma grande organização. Quando falamos de reengenharia, imediatamente relacionamos esta técnica ao redesenho de processos e a demissão de pessoas que, por conta do "downsizing" as empresas iniciaram no final da década de 80 e início da década de 90 um corrida desenfreada na busca de se tornarem ágeis e mais leves. Todo o aparato proporcionado pela Era Industrial, com sistemas organizacionais burocráticos e hierárquicos precisava dar lugar a uma organização mais ágil para se manter competitiva e mais do que isso, se manter "viva". Diante desta ânsia em mudar e mudar rápido, grande parte dos processos de reengenharia não funcionaram e cerca de 60 a 70% dos processos de reengenharia falharam2, exatamente por não considerar o que as empresas possuem de mais valioso na atual Sociedade da Informação e do Conhecimento – o homem. Por conta das premissas reinantes na Sociedade Industrial, o processo de reengenharia surgiu como uma ferramenta para consertar ou melhorar uma máquina em funcionamento que, era a empresa, assim como era vista pelos seus principais executivos, como uma máquina onde, parte dessa máquina, as suas engrenagens, eram as pessoas que, quando não funcionavam mais deveriam ser trocadas por outras mais novas ou mais adequadas à execução das rotinas existentes na organização. Assim, devido a esta visão reinante na época, que era puramente mecanicista muitos processos de reengenharia não funcionaram a contento pois, o homem, visto como uma peça de engrenagem era na realidade um "actante humano"5, que influenciava e possuía emoções. Assim quando na implantação de um processo de reengenharia a pergunta que ficava para os que permaneciam na organização era sempre a seguinte: "quem será o próximo a ser