Reducionismo

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A ideia de redução supõe a identidade, na medida em que é esta que permite repartir os seres diferentes em classes. Coisas distintas podem ser tratadas como idênticas, postas em relação umas com as outras, a partir de propriedades que lhes são comuns. Há nesta operação um reducionismo. Uma outra forma de reducionismo é a explicação por meio de uma única causa. Em relação à "análise multivariada", ou à explicação por meio de correlações de fatores, a explicação por uma única causa é redutora.
O reducionismo, ou o monismo materialista, tende a reduzir o superior (o consciente, o vital) ao inferior (o físico-químico); em termos epistemológicos, trata-se de reduzir o nível de descrição superior (biológica) ao nível da descrição inferior (físico-química).
O materialismo monista - que, diferentemente dos materialistas dualistas, não coloca um princípio finalista que distinga o vivo do inanimado - explica tudo pelas causas eficientes. O modelo da explicação materialista-reducionista é representado pela teoria de Darwin, na sua versão mais vulgarizada: só são admitidas causas eficientes (e não causas finais), dada a recusa de um agente criador. A crença no progresso das espécies conduz à separação da ideia de evolução da ideia de finalidade. É assim que uma das ideias subjacentes às teorias evolucionistas é a da continuidade entre os animais de uma espécie e entre as próprias espécies. A outra ideia é a de que a evolução é mecanicista e não dirigida. Tanto o acaso como a seleção natural são, portanto, aleatórios. O acaso (a variação ou a mutação espontânea) e o determinismo (a seleção natural; a produção de um certo estado de equilíbrio entre os organismos e o seu meio), pelos quais se explica a teoria darwiniana, não são dirigidos ou orientados por um princípio

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