Redescobrindo O Valor De Ser Um Ser
Estêfani Silva Honorato
Redescobrindo o valor de ser um ser
O ser consumista hoje tem sido uma questão de “sobrevivência”! Isto porque se percebe que cada vez mais as pessoas são valorizadas pelo que têm, e não pelo que são. O uso dos produtos em alta acaba sendo a demonstração do poder de ser para algumas pessoas. É preciso resgatar a essência do ser e pô-la em oposição ao ter.
A desvalorização da pessoa humana é nitidamente notada, quando a imposição de certas marcas e produtos sobre a vida torna-se algo necessário para a manutenção do bem estar físico e mental. Aquele que possui os itens ditados pela sociedade como produtos indispensáveis, possui então a “imortalidade social”. O ser, então, neste caso, fica reduzido a ter. Aquele que não pode ter acaba não sendo (no sentido correto da palavra). E aquele que não é/tem, está fadado à autodestruição.
Mediante esta desqualificação do ser, que tem tido seu sentido diluído no ter, percebe-se que aquele que não tem, tem seus sentimentos afetados pela sua “deficiência” em não ter. Os prejuízos são enormes, valores deixam de existir, perde-se a moral, a ética, a paciência em não ter e a autoconfiança. O não ter passa a ser visto como patologia, obrigando aquele que não tem, ou a se fechar no seu estado, ou a vencer essa imposição da sociedade com preparação adequada.
Logo, tal preparação, irá desfazer o desvio do sentido original de “ser” e pô-lo em seu devido lugar. O ter não mais será confundido e deixará de ser visto como fator de sobrevivência, pois a partir desta preparação, o indivíduo entenderá que pode voltar a ser, mesmo que não tenha nada que lhes é imposto como sinônimo de vida abundante.