Redes WiMAX
Ao longo dos últimos anos, observou-se a privatização do setor de telecomunicações em muitos países, inclusive no Brasil. Com isso, cresceu o natural interesse das empresas do ramo em oferecer os serviços de voz e internet de alta velocidade. Entretanto, há de se considerar que, em determinadas regiões, o lançamento de fios e o estabelecimento de toda uma infraestrutura de cabos para todas as residências é extremamente dispendioso e economicamente inviável.
A solução, portanto, estaria nas redes sem fio. Com a implantação de uma única antena, seria possível o atendimento de diversos clientes a um custo bastante vantajoso. O problema é que cada empresa estabeleceu seu próprio sistema de comunicação. Isso impedia, obviamente, a produção de equipamentos e programas em larga escala, tornando-os muito onerosos.
As empresas foram percebendo, então, a necessidade de se elaborar um padrão de redes sem fio que regulamentasse e unificasse toda essa sistemática. Foi assim que, em 1999, o Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas ou IEEE montou um comitê formado por pessoas do meio acadêmico e importantes empresas da área para, em abril de 2002, lançar o projeto final. O próximo número disponível no espaço do 802 era o 802.16.
Em redes sem fio tradicionais ou estruturadas, existe a necessidade de uma infra-estrutura prévia com pontos de acesso definidos por onde as mensagens passam antes de serem encaminhadas ao destinatário. Nesse tipo de rede, se um usuário envia uma mensagem a outro, mesmo que eles estejam muito próximos, a mensagem será enviada ao ponto de acesso para ser posteriormente encaminhada para o destino final.
Diante deste cenário surge um novo conceito de rede: as redes sem fio em malha ou redes mesh. Esse tipo de rede é dinamicamente auto gerenciável e auto organizável, possuindo dois tipos de nós: os roteadores mesh e os clientes mesh. Os roteadores mesh, que contém as funções de roteamento para manter a rede em malha e formam o