Redes sociais
As redes sociais são bem mais antigas do que os nossos jovens podem imaginar.
Na virada do século, a internet teve o seu uso potencializado através das chamadas redes sociais. Mirc, MSN, Orkut, Facebook e Twitter se transformaram em importantes ferramentas para a troca de informações e arquivos digitais. Mais recentemente, temos ainda importantes movimentos sociais e processos políticos sendo organizados através de uma gama de eventos, textos e imagens que mobilizam milhares de pessoas através dessas ferramentas.
Há pouco tempo, um jovem pesquisador de Cambridge, chamado Mark Sapwell, apareceu no meio acadêmico dizendo que essas redes sociais são bem mais antigas do que nós imaginamos. Para provar o que disse, o estudioso desenvolveu uma série de estudos em antiquíssimos rochedos localizados no nordeste da Rússia e no norte da Suécia. Com a ajuda de supercomputadores, ele analisou cerca de 2500 imagens rupestres que representavam a vida dos homens na pré-história.
Como em todo o material dessa época, Sapwell conseguiu decifrar uma série de hábitos e práticas dos homens que viveram nessas regiões ao longo dos séculos. Contudo, ele mesmo afirma que as pinturas não serviam como mero registro. Também funcionavam como uma rede de diálogos e manifestações daquilo que outros autores “postavam” nas paredes rochosas através da arte rupestre. Mas, afinal, como ele teve condições de produzir esse tipo de conclusão mirabolante?
Segundo o pesquisador, essas paredes contavam com imagens semelhantes que eram produzidas em diferentes épocas. Segundo ele, a reprodução do desenho seria um tipo de apreciação positiva do desenho original, uma forma rústica da ferramenta “curtir” que encontramos no Facebook, por exemplo. Além disso, haviam desenhos acrescentados ou complementares que poderiam equivaler aos comentários que garantem a transmissão de ideias dos usuários dessa mesma rede... ou seria rocha?