Redes sociais e o poder do consumidor
O consumo pode ser considerado o catalisador econômico da sociedade. É possível argumentar que toda a estrutura econômica da sociedade contemporânea é erigida para atender às necessidades (e vontades) de consumo da população. Com efeito, o componente mais importante do Produto Interno Bruto (PIB) de economias consideradas maduras é o consumo das famílias (Gráfico 1).
Nesse contexto, o estudo do comportamento do consumidor é essencial para que as organizações consigam desenvolver seus negócios. Como os consumidores têm perfil heterogêneo, as organizações precisam analisar todo o “processo mental” que envolve o consumo – ou seja, as influências internas e externas que levam um ou mais indivíduos a tomarem a decisão de comprar.
Nas influências internas, é preciso compreender o processo motivacional da compra – a satisfação de necessidades, o atendimento a desejos pessoais –, os estímulos e filtros perceptivos que influenciam os consumidores. Nas influências externas, é importante estudar como os aspectos culturais, sociais, econômicos, políticos, normativos e tecnológicos afetam o consumo.
Neste trabalho, iremos destacar a influência do fator tecnológico – em particular o surgimento e o desenvolvimento da internet e das redes sociais. Os principais objetivos são: (1) demonstrar como a internet vem ganhando preponderância como fator influenciador do processo decisório do consumo; e (2) analisar como as redes sociais têm agilizado e, portanto, potencializado a comunicação “boca-a-boca”, avaliando os seus efeitos sobre as decisões de consumo.
A força das redes sociais
Os hábitos do consumo não são estáticos. Mudam para se adaptar às características dinâmicas do ambiente. A introdução e o desenvolvimento de novas tecnologias representam um dos principais fatores a conferir dinamismo ao ambiente de negócios e a influenciar o comportamento dos consumidores.
Nas últimas décadas, a popularização da informática e o advento da