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Sindicatos fundadores da FIEC
O Ceará de 1800
O Estado do Ceará apresenta, desde o início do século XVIII, uma certa vocação para a atividade fabril, devido à habilidade do cearense no tratamento de produtos artesanais, prática adquirida desde a época de sua colonização. A pecuária foi, de início, a primeira experiência do Ceará no processo de industrialização, predominando por um bom período, dando, assim, início à chamada indústria da carne-seca, conhecida no Sul do país como carne de charque. A reboque dessa atividade, o preparo de couro e o fabrico de sapatos e bolsas foram atividades bastante desenvolvidas na cidade de Aracati, bem como em Acaraú e praticamente em toda a Província.
As oficinas dos ferreiros e as alfaiatarias também deram sua contribuição ao processo de desenvolvimento da região nessa época, sendo administradas, em sua maioria, por negros e mulatos. O Ceará também chegou a produzir açúcar grosseiro e rapadura. Havia, ainda, em todo o Estado, plantações de cana-de-açúcar e pequenos engenhos de madeira, destinados à fabricação da aguardente, atividade que teve dificuldade de se desenvolver devido ao monopólio de Pernambuco.
Já no final do século XVIII, coincidindo com a Revolução Industrial promovida na Inglaterra, ocorreu no Ceará uma mudança significativa com o desenvolvimento da lavoura algodoeira e do comércio exterior. Contudo, esse fato não prejudicou a atividade artesanal. Pelo contrário, surgiu até o trabalho de fabrico de panos grossos em pequenos estabelecimentos, que serviam como roupa para os escravos. Mas, coma industrialização, os teares passaram a serem outros e as técnicas sofreram evolução. A fiação cearense cresceu com isso, passando do pano grosso para o cacondé, vendido no exterior.
Um dos destaques mais importantes que podemos extrair deste período foi que a predominância do artesanato implicou na tendência para o trabalho livre, abalando, por conseguinte, o sistema