Redes Cognitivas
Introdução
As redes de comunicações sem fio têm experimentado um crescimento vertiginoso nos últimos anos, com grande aumento no número de usuários e também no tráfego gerado por estes. Esta característica leva à necessidade de novas tecnologias que permitam uma maior eficiência na utilização do espectro eletromagnético. Neste contexto surge o conceito de rádio cognitivo, como forte candidato a solução tecnológica para as futuras redes de comunicações sem fio. O modelo de alocação de faixas de freqüências convencional divide o espectro eletromagnético em segmentos. Por sua vez, cada segmento é dividido em faixas de tamanho fixo, separadas por intervalos. Cada faixa é licenciada e pode ser utilizada por quem detém a concessão, os denominados usuários primários.
Espectro Eletromagnético Este modelo de alocação resulta em ociosidade, com um baixo percentual de utilização dos canais. Na proposta de rádios cognitivos os canais ociosos podem ser utilizados por rádios oportunistas não licenciados, denominados usuários secundários, que devem ser capazes de adaptar suas características de operação para evitar interferências nos rádios licenciados. Uma função fundamental para a perfeita operação de uma rede de rádios cognitivos é a função de múltiplo acesso, necessária para coordenar o acesso aos canais por parte dos usuários secundários. Várias propostas de técnicas de múltiplo acesso vêm sendo sugeridas na literatura para as novas redes de rádios cognitivos. Em particular, é proposto um algoritmo simples que apresenta bom desempenho, sendo, portanto, um bom candidato para uso nas futuras redes.
Padronização
O IEEE 802.22 é um padrão para redes sem fio voltado para conectividade de áreas rurais que utiliza o conceito de rádios cognitivos e pode revolucionar o modo como o espectro de frequências é compartilhado, abrindo caminho para novas formas de exploração deste meio de transmissão. Para que seja possível