Redes ATM

ATM é a sigla para Asynchronous Transfer Mode, ou Modo de Transferência Assíncrono. Trata-se de uma arquitetura de rede de alta velocidade, baseada na trasmissão de pequenos pacotes denominados células, e que usa multiplexação por divisão de tempo assíncrona. Essas células tem sua estrutura definida e tamanho fixo (diferente de outras redes como Internet ou LANs Ethernet que usam pacotes ou quadros de tamanho variável) e são transmitidas ao se estabelecer uma conexão de circuito virtual entre dois pontos.
O ATM tem funções similares a redes de comutação de circuitos e redes de comutação de pacotes, tornando-se uma boa escolha para redes que precisem lidar com tráfego de dados de alta taxa de transferência (como transferência de dados), e conteúdo em tempo real, de baixa latência (como vídeo e voz).

Na verdade, a tecnologia ATM foi criada para atender aos mais diversos serviços emergentes de comunicação. Estes serviços contam com diferentes necessidades e características, necessitando de uma rede universal e com flexibilidade suficiente para suportar esta demanda.
Outros fatores relacionados com o desenvolvimento da ATM foi a rápida evolução das tecnologias de semicondutores e componentes ópticos, além da concepção de sistemas de comunicação que transferem as funções complexas de transporte (como definição de rotas) para a borda da rede.
Assim, vemos que a flexibilidade nas redes de comunicação e o desenvolvimento conceitual e tecnológico de sistemas levaram à criação das redes ATM. [4]

A tecnologia ATM foi escolhida para dar suporte à implantação da B ISDN (Broadband Integrated Services Newtork; em português, Rede Digital de Serviços Integrados de Faixa Larga, ou RDSI-FL). De fato, não tem como falar da origem de redes ATM sem falar sobre as redes RDSI-FL, visto que as redes ATM (e sua normalização através das recomendações do CCITT) ocorreram dentro da evolução da RDSI-FL.
O processo de padronização da RDSI-FL foi iniciado pelo BBTG (Broad Band Task