redação: a reescrita como instrumento para o aprendizado formal da língua portuguesa
Julie Stéfane Dorrico Peres1 juliedorrico@gmail.com Maria de Fátima Marques da Cunha2 fmarquues@gmail.com Resumo: O processo de escrita e produção textual necessita de várias estratégias para se enquadrar nos requisitos exigidos pela gramática normativa. Uma leitura satisfatória e uma boa discussão do conteúdo auxiliam nessa prática verbal. O presente artigo tem por objetivo avaliar o sistema de redação através da sequência da reescrita e autoavaliação, trabalhados no corpo do texto primevo, atuantes como ferramentas potencializadoras do aprendizado.
Palavras-Chave: produção textual; reescrita; ferramenta pedagógica; interpretação semântica.
Introdução
A partir da proposição dual escrita e reescrita, o presente artigo aborda especificamente o gênero dissertação-argumentação e os processos que o permeiam até à consolidação da escrita propriamente dita no ambiente sala de aula. A leitura e a escrita são fatores que remontam a história da humanidade, e particularmente o ato de escrever, pois por meio dele é que se registraram as descobertas, os diversos tipos de conhecimentos, a ciência, a tecnologia e a literatura, que até então era de caráter preponderantemente oral. A escrita começou a existir no momento em que o objetivo do ato de representar pictoricamente tinha como endereço a fala e como motivação fazer com que por meio da fala o leitor se informasse a respeito de alguma coisa.
Embora esse contexto seja peculiar ao desenvolvimento da escrita, a leitura está estritamente vinculada, assim como afirma Cagliari (1992) “Quem escreve, escreve para ser lido. O objetivo da escrita, como já disse inúmeras vezes, é a leitura”. O autor ainda enfatiza que: A leitura é, pois, uma decifração e uma decodificação. O leitor deverá em primeiro lugar decifrar a escrita, depois entender a linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que o texto tem e,