Redação trafico Humano

Eu vivia em uma simples vila com meus pais, educação precária, raras as vezes que havia comida sobre a mesa. Era uma simples perspectiva de vida melhor, quando uma mulher aparentemente verdadeira me ofereceu riquezas e eu vi nela a oportunidade de realizar tudo que eu esperava para mim. Que tolice acreditar que um sonho meu poderia se tornar realidade, que tolice acreditar em alguma melhoria. A moça providenciou todos os meus documentos e disse que eu trabalharia em uma casa de família ou em uma lanchonete, que ganharia bem e minha carga horaria seria bem tranquila, sendo assim eu teria liberdade para conhecer o novo lugar que moraria. Fui para a Espanha e logo quando cheguei pegaram todos os meus documentos, me deixaram sem identificação. Não trabalhei em uma casa de família, nem em uma lanchonete, nem em uma empresa ou algo assim. Obrigaram-me a ser garota de programa em uma casa noturna e lá eu gozei da liberdade dentro de um alojamento, com 25 meninas, cercado de seguranças que nos espancariam se tentássemos fugir. Bela liberdade, bela maneira de realizar o sonho de viver melhor e dar orgulho a meus pais. Eram razoáveis treze horas de trabalhos, a única maneira para suportar tanta carga era consumir certos tipos de droga. No dia que eu recusei ingerir, fui espancada por um dos seguranças que ‘cuidava’ de nós. Até que um dia alguns policiais bateram na porta da boate. Um deles era frequentador assíduo de lá. Estavam apenas para se divertir até que eu vi o distintivo de um. Agora que já sabia um pouco da língua local, aprendi com as meninas que deveria conversar com os rapazes, como se pedisse serviço. Um dos policiais pagou pelos meus serviços e quando chegamos ao quarto expliquei tudo o que estava acontecendo, desde como fui parar lá, até como me sentia. Ele prometeu que me tiraria dali e certo dia muitos policias junto a ele tiraram todas as meninas de lá. Ai sim pude desfrutar da liberdade. Mas, minha felicidade não é tão completa ,