redação manifestações
Sem lideranças unânimes, sem predomínio de grandes partidos políticos, as manifestações surgiram como uma forte onda social nas principais praças e ruas, reunindo milhares de pessoas que compartilhavam uma forte pergunta já presente no consciente coletivo há tempo:
“Como um país que financia 20 bilhões de reais para construção de estádios para a Copa 2014 não pode financiar e investir a nossa verba para construção de escolas de alto nível, hospitais de excelência e segurança pública ?”
Nos últimos anos, esse consciente coletivo questionador já estava presente nas mídias sociais através do ciberativismo de diferentes pessoas e grupos que questionavam: “Se o país está ruim agora, imagine na Copa!”. Porém, pessoas de diferentes classes sociais, que há mais de trinta anos criticavam os buracos de nossas estradas, os médicos e professores sem salários, as crianças sem estudo e o baixo respeito que temos recebido de nossos representantes no Congresso Nacional, decidiram vomitar de uma só vez numa mesma onda todos os sofrimentos, reclamações e dificuldades sociais que nos castigam. Socialmente, as mídias sociais desceram para o asfalto, assim como uma postagem, cada um grita o que pensa e dá a sua livre contribuição (como num crowdfunding) para construirmos uma obra maior, uma nação.
Nos tempos do Impeachment do Collor (1992), nós, estudantes "caras-pintadas", tiramos um presidente através de manifestações pacíficas. Nas atuais manifestações populares, além de expressões pacíficas de estudantes e trabalhadores, está havendo forte ocorrência de violência e