Redação Economia
Tendo em vista a crise econômica mundial do ano de 2008 e a consequente deterioração das principais economias mundiais e de papéis de países e regiões considerados “prime name” (EUA e Europa, por exemplo), investidores estrangeiros, já motivados pelo crescimento econômico significativo da China nas últimas décadas, passaram a dar maior atenção a países em desenvolvimento, como Rússia, Índia e Brasil (aliados à China, formaram os BRICS). Tal ponto gerou forte entrada de recursos nestes países. O Brasil, apesar de sofrer com natural recessão técnica no ano de 2009, demonstrou menor vulnerabilidade frente aos seus pares. Enquanto o PIB do país, neste ano, retraiu meros 0,2%, o dos EUA caiu 2,4% e o da zona do Euro 4%. O resultado do Brasil foi o 6º melhor do G20, atrás apenas de China, Índia, Indonésia, Austrália e Coréia do Sul.
Anteriormente, era esperada a saída de capital estrangeiro do país para suprir os prejuízos ocasionados pelas economias desenvolvidas. Porém, o resultado se mostrou inverso ao esperado. Para alcance do mesmo, considerado até então surpreendente pelo mercado financeiro, foram tomadas diversas medidas por parte do governo a partir do último quadrimestre de 2008. Os três principais pilares de contenção da crise foram a expansão da oferta de crédito, a isenção tributária para setores (indústria automotiva, por exemplo) e a utilização de diversos instrumentos na área cambial para reduzir a volatilidade do preço do Dólar. Desta forma, o Brasil decolava aos olhos da publicação The Economist e de toda a população.
Quatro anos depois, a mesma publicação, questiona em sua capa de setembro de 2013: “O Brasil estragou tudo?”. Com a economia estagnada desde 2011, a população está menos propensa a aceitar um governo que possui prioridades de gastos invertidas em troca do pagamento de altos impostos. Em junho do mesmo ano, houve protestos pelos custos abusivos relacionados à má qualidade do transporte público e da educação. Além dos