Redação Composição
SUELLEN CHRISTINE DE SOUZA CORDEIRO
ANÁLISE AUTOCRÍTICA
COMPOSIÇÃO
Vitória, Espírito Santo
2015
Se eu pudesse sintetizar em uma só palavra o meu desempenho nas aulas de Composição, a palavra seria: desprendimento.
Essa é a primeira palavra que me vem à mente quando penso no meu “antes e depois” desde que ingressei no curso de Artes Plásticas.
Pois até então todas as minhas experiências com a arte, nas suas mais variadas formas, poderiam ser consideradas primárias, ínfimas; Isto é, os conhecimentos que tenho acumulado ao longo do tempo sobre suportes, materiais, técnicas e ideias eram simples demais, se comparados aos quais estou sendo apresentada nos dias de hoje. Mas toda essa simplicidade se torna contraditória, quando faço uma comparação à tudo aquilo que me é ensinado atualmente e aquilo que me foi ensinado na infância.
Além da falta de aprofundamento na história da arte em si, rígidos padrões eram impostos na hora de exercê-la nos meus tempos de escola. Não se cogitava usar da expressão ou da manifestação de pensamento dentro da sua prática. A simples ideia de um desenho seguia um conceito duro e mecânico: um trabalho fugiria facilmente do “padrão” se uma linha fosse ultrapassada pela tinta, ou se a régua, objeto de uso quase que crucial na sala de aula, não fosse usada. Pode-se dizer que a abstração era algo proibido. Tudo era pensado demais, calculado demais e consequentemente, a expressão e o sentimento, coisas que fazem a arte tal como ela é, não faziam parte daquilo que eu produzia. A arte como eu conhecia, ou achava que conhecia, se resumia à regras, regras e mais regras.
Desde que comecei a assistir as aulas de Composição, percebo que há mais abstração nos trabalhos que faço. Particularmente, ainda acho um pouco difícil me abster de ideias prontas, o pensar, o calcular e o limitar ainda rondam os meus pensamentos, mas com bem menos força do que antes e já não são obstáculos