REDAÇÃO CIÚMES - ANÁLISE
O ciúme em si, é um sentimento natural do ser humano, e ele pode ser percebido não só em relacionamentos amorosos, mas também em amizades e até em relação a bens materiais. Ciúme é um sentimento de posse, de exclusividade em relação a algo ou alguém.
Há quem acredite que sem ciúme não há amor. A verdade é que o ciúme moderado pode fazer bem para os relacionamentos, pois ele está associado ao medo de perder. E quem é que ama e não sente medo de perder, não é mesmo? E quem tem medo de perder cuida, dá segurança, atenção, fazendo os parceiros se sentirem mais amados e protegidos. Então, o ciúme está diretamente ligado ao amor, e em doses certas, onde não há um controle da vida do outro, nem interferência no modo de agir, de viver, etc., ele fortalece e incrementa a relação.
O problema é quando ele se torna um exemplo de insegurança. Às vezes a situação foge do controle e este ciúme se torna tão exagerado ao ponto de se transformar em obsessão, ou doença. O ciumento passa a ter falta de autoconfiança, ter baixa autoestima, e um enorme medo de perder aquele ou aquilo a que se apegou. E em casos ainda mais extremos o ciúme mexe com o psicológico do indivíduo, fazendo com que ele projete fantasias e acredite fielmente nelas, sentindo raiva, e até levando a cometer crimes como homicídios e suicídios.
Por interferir tanto nas relações amorosas o ciúme foi tema de grandes obras literárias, que são marcadas pela desconfiança e ciúme exagerados, como “Dom Casmurro” de Machado de Assis, e “Otelo” de William Shakespeare, onde o protagonista Otelo, deixa-se levar por um ciúme doentio do seu melhor amigo com sua esposa, e acaba matando a esposa. Inclusive foi criado um conceito de ciúme patológico, também chamado de Síndrome de Otelo, em referência ao romance, que é quando o ciumento passa a deixar suas atividades habituais para controlar o outro e, assim, o ciúme se torna um vício.
Assim sendo, o ciúme tem seu lado positivo e negativo. Basta ter