Redação Bajulação
Pois bem, imaginemos a seguinte situação: Uma empresa possui dois funcionários com rendimentos totalmente desiguais, e capacitações incomparáveis, tendo o funcionário 1 o mérito (totais condições), e o funcionário 2, apenas a arte da bajulação. Supondo que o funcionário 2 fosse promovido a um cargo elevadíssimo, onde condições requeridas ele não possuísse (oposto do funcionário 1), e mesmo nessa realidade, sua bajulação tivesse o ajudado a ser promovido. Fica explícito que apesar da empresa poder não ter tido prejuízos notórios, seu rendimento obviamente não seria o mesmo se o mérito tivesse sido valorizado ao invés dos agrados.
Fora o total descaso com o mérito, o mundo bajulador desestimula a capacidade individual de desenvolvimento do intelecto e de especialização trabalhista ou educacional, já que, o principal não é ser qualificado, e sim, adorável.
Nesse contexto, cheguemos a um veredito, pessoas teriam lindos jardins na boca, e verdadeiros penicos na cabeça. A bajulação portanto, aos olhares individualistas, não é uma péssima escolha, pois levará os adoráveis cabeças-de-vento ao sucesso sem maiores esforços. Entreanto, aos olhares sociais, é extremamente prejudicial ao rendimento como um todo, ou seja, em todos os setores presentes para garantir prosperidade ao país. Logo, a bajulação, nada mais é, que uma ideia egocêntrica dos preguiçosos, donos de ambiçoes, que seus esforços não conseguem acompanhar.
O estudioso La Fontaine já dizia que “todo bajulador vive à custa de quem lhe dá ouvidos".