Redação - As Manifestações
Sem sombra de dúvidas, o dia 20 de junho de 2013 entrou para a História de forma jamais imaginada. Por pouco não sentimos o chão tremer e as estruturas despencarem. A chegada da noite anunciava – assim como nos dias anteriores – uma onda de manifestações que enchiam as avenidas e varriam as principais metrópoles da nação, entre elas, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Manaus, Belo Horizonte, Recife e Curitiba. A princípio, estas começaram como uma retaliação ao reajuste do preço das passagens e tarifas de ônibus, mas sabemos que este motivo parece ter sido apenas a "gota d' água". A sociedade parece não mais suportar a corrupção, as mazelas sociais, e decidiu dar um "basta".
Uma erupção de contestação e indignação jamais presenciada no país desde os movimentos de massa das décadas de 1960 a 1990. Manifestações sem lideranças aparentes, onde participam diversos estratos e grupos sociais. O aumento do preço das passagens do transporte coletivo foi como o aumento exorbitante do preço do pão na França pré-revolução. A gota d’agua. A tensão e violência começaram a crescer. Com isso, a Polícia Militar – a mal remunerada marionete do Estado – fez o seu trabalho da forma mais truculenta possível. Uma guerra entre policiais e a população começava!
Mesmo claramente divididos pela geografia, os brasileiros encontraram uma maneira de alcançar a união. Assim como em outros países a “era da informação” se mostrou capaz de grandes transformações, fazendo emergir um leque de ferramentas capazes de ultrapassar fronteiras, barreiras e qualquer impedimento.
Não, o Brasil não acordou! Algumas camadas da sociedade acordaram. Algumas ainda estão acordando, outras jamais dormiram. Dilma em seu pronunciamento, tirando o discurso demagógico de praxe, disse algo que vale a pena refletirmos: chegou a hora de canalizarmos as manifestações para algo concreto. Uma mudança efetiva. Um país que viveu séculos de escravidão e monarquia, sob o domínio de padroados, oligarquias