Redação Adamastor UFRGS 2012
A língua portuguesa espalhou-se pelo mundo graças ao legado deixado pelos portugueses, no século XVI, com as grandes navegações e a descoberta do “novo mundo”. A herança lusitana, entretanto, não foi suficiente para unir as nações descobertas e colonizadas pelos Portugueses, que graças à grande diversidade cultural apresentam traços muito distintos da língua oriunda.
No Brasil, grandes movimentos literários e filosóficos tentaram criar uma linguagem propriamente brasileira, deixando de lado as influencias portuguesas que aqui reinaram durante mais de quatrocentos anos. Oswald de Andrade foi o grande precursor do movimento do Pau-Brasil, que valorizava o caráter indígena das raízes brasileiras e estimava, sobretudo, a fala e a oralidade da língua. Atitudes como essa, acrescentadas pela vasta diversidade e influencia da miscigenação das culturas indígenas, africanas, italianas, e alemãs que povoaram o Brasil na sua colonização e, logo após, vindas para mão-de-obra nas lavouras de café, tornam a língua portuguesa brasileira única, diante das demais populações lusófonas do mundo.
Com o aumento do PIB dos países lusófonos, a língua portuguesa ganhou grande importância no cenário da economia mundial, tornando-se a quinta mais falada no mundo. Entretanto, as diferenças constituintes em cada território falante da língua é um grande obstáculo para a unificação de um dialeto que cumpra o papel de unir países como o Brasil e São Tomé e Príncipe que apresentam uma diferença de bilhões em seus PIB’s, sendo assim capazes de buscar um desenvolvimento conjunto. A reforma ortográfica, vigente desde 2009, busca ultrapassar esses obstáculos, assim como fizeram os portugueses com o Adamastor, criando uma unificação no português escrito, sem alterar qualquer diferença de pronuncia ou o uso coloquial da língua, preservando assim, os elementos culturais presentes em cada país lusófono.
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