Redaçaõ
Os jovens e adolescentes da atualidade não assistiram à descoberta do vírus HIV em 1981 e, embora muitas vezes cantem trechos de clássicos de Cazuza, Renato Russo ou Freddie Mercury, talvez não saibam o embate travado nas décadas de 80 e 90 por essas celebridades contra a síndrome da imunodeficiência adquirida, a Aids. Mesmo com o volume de informação hoje disponível sobre a gravidade dessa doença e sobre métodos preventivos, a sociedade brasileira se vê diante de uma estatística deprimente: anualmente, cerca de 35 mil brasileiros se tornam soropositivos, somando-se aos 600 mil que estima-se [que se estima] já serem portadores do vírus HIV.
Dados levantados pela revista IstoÉ mostram que [que,] na faixa etária de 13 a 24 anos, a incidência da Aids tem aumentado. Seguindo uma tendência oposta ao fato de que muitos adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, muitas famílias e instituições de ensino ainda assumem uma postura conservadora no que diz respeito à abordagem da sexualidade em conversas com os jovens. Se por um lado os veículos midiáticos, principalmente a Internet, possam [podem] facilitar o contato do adolescente com informações a respeito dessa temática, por outro lado, as família e as escolas, como pilares da educação moral do indivíduo, não podem ignorar que o diálogo aberto sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis (tal qual a Aids) é uma atitude indispensável em prol da conscientização e da própria saúde dos adolescentes.
Além disso, outro agravante para o crescimento do número de casos de Aids entre jovens consiste em abolir o uso do preservativo após as primeiras relações sexuais, quando se conquista a confiança no parceiro. Devido a diagnósticos tardios da enfermidade (56,8% das pessoas que fazem o exame para detectar o HIV, em um universo de 36 mil paulistas, só o fazem após os 30 anos), a transmissão da doença ocorre nesses casos, sem que nenhum dos parceiros sexuais saiba que é soropositivo.