A sociedade contemporânea, patentemente, é um reflexo do processo que a formou: a organização e a união de povos até então descentralizados. Concomitantemente, surgiu a figura do governante, ser cuja função era a de, acima de tudo, zelar pelos interesses coletivos. Porém, o poder que esta classe detém, ainda hoje, é enorme, algo que, aliado ao despreparo dos representantes e a má fé de parte deles, compromete necessidades básicas ao bem estar do povo, como o acesso a uma saúde qualificada, quadro agravado pela falta de valorização aos profissionais da área. O direito a um serviço público gratuito, apesar de nos parecer obrigatório, não é oferecido em todo o mundo. O Brasil, aliás, é um dos poucos que o fornecem, em um seleto grupo onde países como o Canadá e a Alemanha também figuram. Entretanto, a situação da saúde nestes países não é tão caótica quanto a nossa. Isso acontece graças ao despreparo dos nossos governantes, que investem a metade da renda que é investida na Alemanha, por exemplo. A saúde, que deveria ser tratada como prioridade, é alvo de um baixo interesse, o que nos garante um sistema problemático, com uma estrutura física precária. Não obstante ao desinteresse das autoridades e ao consequente baixo investimento, outros fatores, como o desvio de verbas e o superfaturamento de obras, garante à população penosas consequências. Diariamente, milhares de brasileiros sofrem nos saguões de hospitais e de centros de saúde, fato agravado pela escassez de profissionais capacitados nestes estabelecimentos. Aliado à isso, a ínfima valorização dos profissionais da área faz com que precisem buscar empregos também no setor privado, algo que deteriora ainda mais a saúde pública. Contudo, o Brasil, em determinados aspectos, é referência mundial, como na erradicação de doenças, contando com o melhor programa de vacinação do mundo, bem como possui um ótimo conjunto de leis relacionado à saúde. Entretanto, esses benefícios não se apresentam para toda a população